Fui acordado pelo hospitaleiro. Eu era o último a acordar, e eles estavam me esperando para fechar o albergue. Fui tomar café num bar, e bati papo com 2 brasileiros que conhecera naquele instante, e fiquei sabendo da história de um garoto carioca que fez o Caminho, só que não ligou para dar notícias em casa. Todos os brasileiros no Caminho estavam de prontidão, todos os grupos de internet sobre o Caminho estavam à postos. Não sei se encontraram o idiota. Porra, não custa ligar pra dar notícias, né? Se fosse um fim de semana, tudo bem, mas um mês e pouco, num outro país...
Peter descobriu aonde estava Karin. Há cinco dias de cama, tomando anti-inflamatórios. Não curtiu Finisterre. Ainda. Me despedi dela, e fui pegar meu ônibus. Ao olhar pela janela, avistei Peter e Karin fazendo tchau. Ela transformou seu stick em bengalinha, e foi se arrastando para se despedir. Este é o espírito dos amigos do Caminho. Eu teria feito o mesmo.
Depois de mais de 40 dias, eu estava dentro de um ônibus. Isto é horrível. Mais horrível ainda é realizar praticamente o mesmo trajeto que levei quatro dias, em duas horas e meia.
Santiago de Compostela, novamente. Tive que deixar a praia mais cedo porque hoje é sexta-feira, e amanhã e domingo o Correio estará fechado. Tenho que pegar as coisas que mandei de Pamplona e Astorga, mais ou menos uns 5kg. Me dei de presente um hostal. Afinal, terminou a minha peregrinação, e eu não posso mais dormir em albergues de peregrinos.
quinta-feira, julho 20
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