Acordei relativamente bem, e saí. Depois de somente 50m, parei com fortes dores nos pés. Tive que tomar uma decisao, e tomei. Tirei todo o jornal que havia socado em minhas botas desde León, e as coloquei. Nao podia ter tido idéia melhor. Já havia esquecido do seu conforto, sua segurança ao caminhar em cima de pedras soltas, sua maior proteçao, e as bolhas que tudo isso causaria. Seja bem-vinda aos meus pés novamente, fiéis e pesadas botas, que ajudaram a detonar minhas costas com o peso em demasia na mochila...
Em Trabadelo, reencontrei Peter, que nao via desde León, com novos amigos: Domenico, um italiano que mora no México, Javi, um espanhol de Bilbao que tem um hotel em Asturias, e Erin, uma americana que mora um pouco na Espanha e um pouco em Filadélfia. Seguimos juntos. Nao podia ter feito coisa melhor. Em poucos minutos, ganhei grandes amigos.
Parei em Vega de Valcarce, pois queria dormir no tao famoso albergue brasileiro, o Nossa Senhora do Brasil. Os outros seguiram para a próxima cidade, pois um amigo deles os aguardavam. Nos despedimos, e combinamos de nos encontrar em algum bar, o lugar mais provável para achá-los.
O albergue brasileiro. Nao gostei. Achei totalmente fake. Fábio, de Goiás, é um cara super gente fina. Conversa com você, é simpático e solícito. Já Itabira, também de Goiás, e dono do albergue, é muito estranho. Nao sei se estava num mal dia, mas me pareceu prepotente, e sem nenhum espírito de Caminho. Ele está lá mesmo é pela grana. Foi o que me pareceu. Ele te trata como se você fosse um retardado, passando as regras e repetindo tudo de um jeito como se fôssemos deixar um rastro de baba por todo o "seu" albergue. Muito estranho. Achei insípido demais o lugar, por causa dele.
Total percorrido hoje: 27km
sábado, julho 1
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Um comentário:
Nossa, André... chorei
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