Fomos os últimos a sair, como sempre. Enquanto tomávamos café, nos alcançaram, de outras cidades, Dani e Erin, Leen e Kate, sua amiga inglesa, e Sharyar e sua mãe, panamenhos muito simpáticos. É a quarta vez que a mãe de Sharyar faz o caminho, e disse que queria realizá-lo com seu filho, pois talvez poderia ser sua última viagem. Sharyar deixou sua esposa e filha no Panamá, e a acompanhou.
Durante o café conhecemos duas Martas, de Zaragoza, que começaram a fazer parte da nossa turma. Saímos todos juntos. Paramos em Triacastela para comprar algo para comer. Leen e Kate não conseguiram tirar dinheiro no banco, pois o caixa estava quebrado. Ligaram para suas casas, e conseguiriam uma remessa de dinheiro só para dia seguinte. Emprestei a elas o suficiente para sobreviverem, e seguimos.
Estávamos sentados numa área de descanso no meio de uma floresta, quando vi que já era 17h00, e em uma hora começaria o jogo do Brasil X Austrália. Faltavam 7km até o Monasterio de Samos. Larguei todos ali e comecei a correr. Nunca andei tão rápido. Esqueci que levava um grande peso nas costas, e até desencanei um pouco da dor nos pés... uma hora, acostumamos.
Cheguei ao Monastério de Samus! No primeiro bar, passava uma tourada. Perguntei aonde poderia ver o jogo, e o cara falou que seria impossível. Fiquei desesperado, e procurei outro bar: tourada. Andei quase 1km e cheguei na frente do monastério, aonde havia o albergue, e o último bar do pueblo. Entrei, e na TV passava a mesma maldita tourada. Como o bar estava vazio, pedi para a dona mudar para o jogo, e consegui ver o 2º tempo inteiro e os dois gols do Brasil.
Compramos umas coisas para comer, e "cenamos" na beira de um rio, eu, Dani, Erin, Domenico, Javi e as Martas. Apareceram Karin, Dario e Leen para dizer boa noite, e avisar que a porta do albergue estava para fechar. Corremos e conseguimos entrar.
Total percorrido hoje: 19km
segunda-feira, julho 10
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